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Pelo segundo mês consecutivo, o emprego industrial medido
pelo IBGE ficou estagnado. De fato, após variação
nula em janeiro, o número de ocupados na indústria
brasileira também não saiu do lugar no mês
de fevereiro – comparações feitas com o mês
imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal.
Como resultado,
no primeiro bimestre deste ano, o emprego industrial acumula queda
de 1,2% frente ao mesmo período de 2012, caracterizando
um movimento que vai num sentido contrário daquele observado
na produção industrial no acumulado de janeiro-fevereiro,
cuja expansão foi de 1,1%.
Para ser mais
preciso, o cenário de início de ano da indústria
é o seguinte: a produção apresentou forte
oscilação (pois marcada por fatores pontuais), com
ligeira tendência de crescimento, ainda muito tímido;
o emprego manteve a evolução que vem sendo registrada,
mais claramente, desde o segundo semestre de 2012, qual seja,
de estagnação com ligeira tendência de queda.
O que se tem
observado nos últimos dois anos até o momento é
que a produção tenta sair dos níveis baixíssimos
em que se encontra (vale lembrar, uma vez mais, que o nível
de produção de fevereiro último ainda permaneceu
aquém daquele registrado em setembro de 2008, quando do
agravamento da crise financeira internacional) e o emprego tenta
se segurar e não ceder tanto ao andamento da produção,
na expectativa de um cenário mais promissor num futuro
próximo.
Nos próximos
meses, o mais provável é que o emprego industrial
continuará apresentando esse mesmo desempenho, esperando
uma retomada mais consistente das atividades produtivas da indústria.
Se tal retomada demorar muito, ou seja, se ela não ficar
mais evidente ainda neste semestre, então é mais
provável que o emprego ceda mais e entre numa trajetória
mais declinante ao longo deste ano.
Em alguns
segmentos da indústria, o recuo do emprego no primeiro
bimestre foi muito mais dramático. A ocupação
apresentou quedas significativas nos ramos de vestuário
(–6,8%), têxtil (–5,7%), madeira (–5,4%),
refino de petróleo e gás (–4,6%) e calçados
e couros (–4,3%). E o movimento de encolhimento da ocupação
é generalizado nesse período: em onze dos dezoito
ramos pesquisados pelo IBGE, o emprego industrial recuou.
Por sua vez,
das catorze localidades que fazem parte da pesquisa do IBGE, em
onze houve retração da ocupação industrial
no primeiro bimestre deste ano – sempre na comparação
com igual bimestre de 2012. As principais influências negativas
vieram da Região Nordeste (–5,0%), puxada pela queda,
principalmente, da ocupação no segmento de alimentos
e bebidas; São Paulo (–1,0%); Rio Grande do Sul (–3,1%),
em grande medida, pelo recuo do emprego nos segmentos de máquinas
e equipamentos e de calçados e couro; Pernambuco (–9,5%),
muito devido ao recuo dos ocupados no segmento de alimentos e
bebidas; e Bahia (–4,3%), influenciada, sobretudo, pela
retração do emprego em calçados e couro.
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Em fevereiro, o total dos ocupados na indústria geral ficou estagnado
em relação ao mês anterior, a partir de dados livres
dos efeitos sazonais. No confronto entre fevereiro 2013 e fevereiro 2012,
verificou–se queda dos ocupados assalariados em 1,2%, a décima
sétima variação negativa consecutiva. No primeiro
bimestre de 2013, a variação foi de –1,2%. Nos últimos
12 meses encerrados em fevereiro, a ocupação na indústria
total decresceu 1,5%.
Regionalmente, na
comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve
decréscimo do pessoal assalariado ocupado na indústria em
dez dos quatorze locais pesquisados. O principal impacto negativo ocorreu
na região Nordeste (–5,3%), seguida por São Paulo
(–1,0%), Rio Grande do Sul (–3,1%), Pernambuco (–10,5%)
e Bahia (–4,4%). O Paraná (1,4%) apontou a contribuição
positiva mais relevante sobre o emprego industrial do país.
No acumulado do ano,
frente o mesmo período de 2012, onze locais apresentaram queda
da ocupação industrial, com destaque para região
Nordeste (–5,0%) apontou o principal impacto negativo, seguida por
São Paulo (–1,0%), Rio Grande do Sul (–3,1%), Pernambuco
(–9,5%) e Bahia (–4,3%). Paraná (1,7%) exerceu a pressão
positiva mais importante.
Em termos setoriais,
em fevereiro, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em 11onze
dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas
vindas de vestuário (–6,3%), têxtil (–6,0%),
calçados e couro (–5,2%), outros produtos da indústria
de transformação (–4,1%), madeira (–5,1%), meios
de transporte (–1,3%) e refino de petróleo e produção
de álcool (–5,0%). Os principais impactos positivos sobre
a média da indústria foram observados nos setores de alimentos
e bebidas (0,7%) e de borracha e plástico (2,7%).
Número
de Horas Pagas. O número de horas pagas na indústria,
na passagem de janeiro para fevereiro, apresentou resultado positivo (0,1%),
após registrar queda de 0,2% em janeiro, em comparação
feita a partir de dados livres de efeitos sazonais. No confronto com igual
mês do ano passado, o número de horas pagas recuou 2,3% em
fevereiro. No primeiro bimestre, frente o mesmo período de 2012,
a queda foi de 1,8%.
Folha de Pagamento
Real. Na passagem entre janeiro para fevereiro de 2013, a folha
de pagamento real registrou alta de 2,8%. O indicador mensal (mês/mesmo
mês do ano anterior) assinalou acréscimo de 2,5%. No acumulado
do ano até fevereiro, houve alta de 1,6% e no acumulado dos últimos
12 meses, de 3,8%.
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