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O emprego industrial vem apresentando um “descolamento”
da produção industrial a partir do segundo semestre
do ano passado. Se ele se mostrou mais resistente no passado,
quando a produção recuava fortemente, agora que
a atividade industrial dá sinais de alguma recuperação,
não se vê uma reação do emprego no
mesmo sentido.
De fato, segundo
apuração do IBGE, o número de ocupados na
indústria mostrou variação nula em janeiro
com relação a dezembro – comparação
feita na série com ajuste sazonal –, um desempenho
que contrasta com a expansão de 2,5% da produção
industrial registrada no mesmo período. Ante janeiro do
ano passado, o emprego industrial recuou 1,1% em janeiro último,
enquanto a produção avançou, nessa mesma
comparação, 5,7%.
Esse movimento
recente do emprego industrial deve ser tomado como um indicador
de que a indústria está longe de ter entrado numa
trajetória de franca recuperação. Em outras
palavras, neste momento, os números do emprego industrial
estão fornecendo uma informação mais precisa
do andamento da indústria do que os números da produção
industrial. Evidentemente, os resultados positivos da produção
industrial são muito bem-vindos e indicam uma retomada
das atividades produtivas do setor. Mas, acima de tudo, eles estão
indicando que a indústria brasileira começou a sair
de um nível de produção que está,
ainda hoje, aproximadamente 1,5% abaixo daquele nível de
setembro de 2008, início do agravamento da crise financeira
internacional.
O momento
ruim do emprego industrial pode ser visto em diferentes regiões
e ramos da indústria. A queda de 1,1% em janeiro de 2013
refletiu o menor número de ocupados em dez dos catorze
locais pesquisados pelo IBGE. O principal impacto negativo veio
da região Nordeste (–4,8%), mas também merecem
destaques as retrações do emprego nos estados de
São Paulo
(–1,0%), Rio Grande do Sul (–3,1%), Pernambuco (–9,0%)
e Bahia (–4,2%).
Em termos
setoriais, em doze dos dezoito ramos pesquisados ocorreu recuo
do emprego. Os principais impactos negativos vieram de vestuário
(–7,2%), têxtil (–5,1%), outros produtos da
indústria de transformação (–4,2%),
calçados e couro (–3,4%), meios de transporte (–2,0%)
e madeira (–5,6%).
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Em janeiro, o total dos ocupados na indústria geral não
obteve variação em relação ao mês anterior,
a partir de dados livres dos efeitos sazonais. No confronto com igual
mês do ano passado, registrou-se queda de 1,1% do número
de ocupados na indústria em janeiro, a décima sexta variação
negativa consecutiva nessa comparação. A taxa anualizada,
indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar queda de
1,4% em janeiro de 2013, prosseguiu com a trajetória descendente
iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).
Regionalmente, na
comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve
decréscimo do pessoal assalariado ocupado na indústria em
dez dos quatorze locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre
a média global foi observado na Região Nordeste (–4,8%).
Vale citar também os resultados negativos assinalados por São
Paulo (–1,0%), Rio Grande do Sul (–3,1%), Pernambuco (–9,0%)
e Bahia (–4,2%). Por outro lado, Paraná (2,1%) apontou contribuição
positiva relevante sobre o emprego industrial do país.
No acumulado em doze
meses, pode-se observar piora dos resultados entre o dezembro e janeiro
de 2013. Com queda em 12 localidades destacam–se: Pernambuco (de
–2,7% para –3,8%), Região nordeste (de –2,7%
para –3,1%) e Rio Grande do Sul (de –1,9% para –2,3%).
Por outro lado, os dois únicos a envidenciarem pressões
postivas foram: Paraná (2,0%) e Minas Gerais (0,6%).
Setorialmente, em
janeiro, 12 dos 18 setores industriais pesquisados pelo IBGE, na comparação
com janeiro de 2012, observaram queda no total de ocupados. Podemos destacar
vestuário (–7,2%), têxtil (–5,1%), outros produtos
da indústria de transformação (–4,2%), calçados
e couro (–3,4%), meios de transporte (–2,0%) e madeira (–5,6%).
Por outro lado, o principal impacto positivo sobre a média da indústria
foi observado nos setores de alimentos e bebidas (1,6%) e de borracha
e plástico (2,7%).
Na análise
dos ocupados pela indústria no acumulado em doze meses em 2012
frente ao mesmo período do ano anterior (–1,4%), destacaram–se
os setores de vestuário (–9,0%), têxtil (–6,0%),
calçados e couro (–5,8%), produtos de metal (–2,8%),
papel e gráfica (–3,3%), madeira (–7,6%), outros produtos
da indústria de transformação (–3,3%) e metalurgia
básica (–3,3%), enquanto os setores de alimentos e bebidas
(3,5%), indústrias extrativas (3,6%) e máquinas e equipamentos
(0,8%) responderam pelas principais influências positivas.
Número de Horas Pagas. O número de horas
pagas na indústria, na passagem de dezembro para janeiro, reucou
0,3% em comparação feita a partir de dados livres de efeitos
sazonais, após queda de 0,1% em dezembro. No confronto com igual
mês do ano anterior, o número de horas pagas recuou 1,4%
em janeiro. No acumulado em doze meses, frente o mesmo período
de 2012, a queda foi de 1,9%.
Folha de Pagamento
Real. Na passagem entre dezembro e janeiro de 2013, a folha de
pagamento real registrou recuo de 5,0%. O indicador mensal (mês/mesmo
mês do ano anterior) assinalou acréscimo de 0,9%. Em 2013,
comparado aos dados de 2011, esta variável avançou 0,9%.
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