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Os dados divulgados hoje pelo IBGE confirmam o melhor desempenho
da indústria em janeiro, agora na perspectiva regional.
Em nove das catorze localidades pesquisadas no País ocorreu
aumento da produção na passagem de dezembro para
janeiro. Na média brasileira o crescimento foi de 2,5%
com relação ao mês imediatamente anterior,
com ajuste sazonal.
Dentre vários
pontos merecedores de destaque, cabe menção especial
ao segundo resultado positivo e consecutivo da produção
industrial no estado paulista. Após crescer 0,5% em dezembro,
o aumento foi de 1,6% em janeiro – taxas de variação
calculadas com ajuste sazonal. A propósito, vale registrar
também a expansão em janeiro da produção
industrial em Minas (1,6%) e no Rio de Janeiro (3,1%), o que,
juntamente com o desempenho de São Paulo, mostra que a
indústria reagiu nos seus três principais centros
de produção no início deste ano, algo que
favorece as expectativas de retomada da atividade industrial já
neste primeiro trimestre.
A análise
dos dados requer, no entanto, algum cuidado. Ao se tomar a produção
industrial de janeiro deste ano e compará-la com a de mesmo
período de 2012, observa-se que, por exemplo, o forte crescimento
da produção em São Paulo (que foi 5,3%) foi
puxado por alguns segmentos que vinham apresentando resultados
muito ruins e/ou cuja produção está sendo
estimulada por fatores pontuais, como são os casos de material
eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações
(crescimento de 27,9% em janeiro deste ano frente a igual período
de 2012) e de veículos automotores (aumento de 35,9%, decorrente
da maior fabricação de caminhão-trator para
reboques e semirreboques, caminhões, automóveis
e veículos para o transporte de mercadorias).
No Rio de
Janeiro, algo semelhante ocorreu: o aumento de 13,0% da produção
industrial em janeiro deste ano com relação a janeiro
do ano passado decorreu, em grande medida, da retomada da produção
dos segmentos de veículos automotores (+245,3%) edição,
impressão e reprodução de gravações
(+39,1%), farmacêutica (+67,7%) e refino de petróleo
e produção de álcool (+20,2%), segmentos
que estavam com níveis baixos de produção
no início de 2012. Em Minas, não foi diferente:
o avanço de 10,1% da produção industrial
em janeiro de 2013 frente igual mês do ano anterior teve
como principal contribuição positiva o desempenho
do segmento de veículos automotores (+42,7%).
Em suma, os
dados regionais reforçam o ponto de vista que o IEDI vem
manifestando de que o crescimento da produção da
industrial como um todo no mês de janeiro deste ano (de
2,5% se comparada com a de dezembro, com ajuste sazonal, ou de
5,7% se comparada com janeiro de 2012) está, sim, apontado
para uma retomada das atividades industriais no País, mas
o avanço dessa retomada, medido pelas taxas de variação,
está “inflado”, sobretudo porque alguns segmentos
com participação relevante na produção,
e que agora começam a reagir, apresentaram baixos níveis
de produção no ano passado.
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De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal –
Regional do IBGE, na passagem de dezembro para janeiro a produção
industrial cresceu em nove dos catorze locais pesquisados. Os avanços
mais acentuados foram registrados nos estados do Paraná (11,3%),
Ceará (9,3%), Rio Grande do Sul (7,1%) e Rio de Janeiro (3,1%),
enquanto Amazonas (1,9%), Minas Gerais (1,6%), São Paulo (1,6%),
Santa Catarina (0,6%) e Região Nordeste (0,3%), completaram o conjunto
de locais com taxas positivas. Por outro lado, os recuos podem ser observados
nos estados de: Goiás (–4,9%), Pará (–3,1%),
Bahia (–2,1%), Pernambuco (–1,0%) e Espírito Santo
(–0,5%) – todas as taxas de variação calculadas
com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste
sazonal.
Na comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, dez dos catorze estados
mostraram crescimento na produção em janeiro. Os avanços
mais intensos foram observaoas nos estados do Ceará (15,4%), Rio
de Janeiro (13,0%) e Minas Gerais (10,1%). Outros estados que também
apontaram alta da produção foram: Bahia (7,3%), São
Paulo (5,3%), Pará (4,8%), Região Nordeste (4,4%), Santa
Catarina (3,1%), Rio Grande do Sul (1,9%) e Pernambuco (1,6%). Por outro
lado, Espírito Santo (–8,1%), Goiás (–4,0%),
Paraná (–3,9%) e Amazonas (–2,2%) assinalaram recuos
na produção.
A produção
industrial acumulada nos últimos doze meses apresentou queda em
oito das quatorze localidades. Seis locais recuaram acima da média
nacional (–1,9%): Amazonas (–7,3%), Espírito Santo
(–6,7%), Paraná (–5,5%), Rio Grande do Sul (–4,8%),
Rio de Janeiro (–3,1%) e São Paulo (–3,0%). As demais
taxas negativas foram: Santa Catarina (–1,9%) e Pará (–0,1%).
Espírito
Santo. Em janeiro, frente dezembro, com dados já descontados
dos efeitos sazonais, a produção industrial capixaba apresentou
recuo de 0,5%. No confronto com janeiro de 2012, constatou–se recuo
de 8,1%, taxa influenciada principalmente pelos setores:
metalurgia ba´sica (–32,1%), alimentos e bebidas (–20,0%),
celulose, papel e produtos de papel (–9,9%) e minerais na~o–meta´licos
(–3,7%). Por outro lado, a indústria extrativa (3,6%) foi
o único setor a apresentar taxa positiva.
Goiás.
Em janeiro, a indústria goiana apresentou recuo de (4,9%),
com dados livres de efeitos sazonais. Na comparação mensal
(mês/ mesmo mês do ano anterior), o estado registrou queda
de 4,0%, taxa impulsionada pelos setores de: produtos qui´micos
(–26,3%), indu´strias extrativas (–11,6%) e minerais
não–metálicos (–2,6%). Por outro lado, os setores
de bebidas e metalurgia básica apresentaram avanço de (19,5%)
e (6,5%), respectivamente.
Rio de Janeiro.
Em janeiro, frente dezembro, com dados já descontados
dos efeitos sazonais, a produção industrial fluminense apresentou
alta de 3,1%. No confronto com janeiro de 2012, constatou–se avanço
de 13,0%, taxa influenciada pelos setores: veículos automotores
(245,3%), farmacêutica (67,7%). edição, impressão
e reprodução de gravações (39,1%), refino
de petróleo e produção de álcool (20,2%) e
bebidas (17,4%), também apresentaram alta em seu crescimento.
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