O relatório “Manufacturing the future: the next
era of global growth and innovation”, da consultoria
McKinsey&Company, pretende elucidar qual será a contribuição
da indústria da transformação nas economias
avançadas e em desenvolvimento no século XXI. Através
de um modelo de segmentação, o estudo aponta quais
serão as condições de sucesso em cinco segmentos
gerais da indústria de transformação, apontando
caminhos para políticas públicas.
Os segmentos
que se diferenciam bastante entre si no que se refere às
suas fontes de vantagens competitivas e em como os fatores de
produção influenciam suas decisões de onde
produzir, investir em P&D e chegar ao mercado, são:
Segundo o
relatório a transição da atividade primária
para a industrial ainda é a rota para aumentar a produtividade
e elevar os padrões de vida das economias em desenvolvimento.
No futuro, a indústria da transformação continuará
tendo um papel muito importante na economia, e a próxima
era de inovação e oportunidades inspirarão
uma nova geração de empregados da indústria.
De acordo
com a McKinsey, o setor manufatureiro que detinha apenas 16% do
valor adicionado mundial em 2010, gerava 70% das exportações
das maiores economias industriais emergentes ou desenvolvidas
naquele mesmo ano. É também responsável por
77% das inovações privadas em grandes países
industriais, além da China, e, segundo uma pesquisa entre
os países europeus, sua participação no aumento
de produtividade das economias chega a 37%, muito superior à
participação da indústria no PIB dos países.
A McKinsey
identifica as principais tendências para o futuro da indústria
da transformação, algumas novas e muitas já
em curso, relacionadas à demanda, oferta, regulação
e políticas governamentais, inovação e tecnologia,
riscos e incerteza.
A observação
e a adaptação a essas tendências são
primordiais para o sucesso de empresas e nações
no futuro. Por isso o relatório apresenta ainda algumas
estratégias de atuação no âmbito do
setor privado e do setor público. Da parte das empresas
será preciso recriar suas estratégias atendendo
aos requisitos de granularidade, agilidade, adoção
de novas abordagens e capacidades gerenciais e operacionais, investir
em mudança organizacional e formação de talentos.
Do lado dos
governos, o papel crucial do Estado para o desenvolvimento industrial
é com relação à criação
de um ambiente para empresas inovadoras e competitivas, gerando
condições das empresas manufatureiras locais se
sustentarem ao longo do tempo. Não se trata apenas de um
estado regulador, mas de corrigir falhas de mercado, apoiar indústrias
nascentes etc. Os setores público e privado terão
de atuar mais conjuntamente, incluindo as empresas multinacionais,
gerando um ecossistema que atraia os talentos e promova inovações.
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