Com variação nula em novembro do ano passado, o
emprego industrial não reage e vai fechando 2012 com resultados
negativos em grande parte das regiões e dos setores produtivos
do País. 2012 será marcado como um ano em que o
emprego industrial brasileiro caiu de forma generalizada, teve
seu pior desempenho em São Paulo e chegou mesmo a viver,
em algumas regiões ou setores, uma “crise aberta”.
Com exceção de 2009, o resultado de 2012 será
o pior da série histórica do emprego industrial
calculada pelo IBGE desde 2002.
De fato, no
acumulado dos onze primeiros meses de 2012 com relação
a igual período de 2011, o número de ocupados na
indústria recuou em doze dos catorze locais pesquisados
pelo IBGE. A maior retração ocorreu em São
Paulo (–2,8%), devido à queda do emprego em quinze
dos seus dezoito setores pesquisados, com destaque para os recuos
na ocupação dos setores de Produtos de metal, Máquinas
e aparelhos elétricos, eletrônicos, de precisão
e comunicação, Metalurgia básica e Fabricação
de meios de transporte, bem como de setores tradicionais, como
Têxtil e Vestuário.
Outros impactos
negativos importantes foram observados na região Nordeste
(–2,6%), no Rio Grande do Sul (–1,7%), em Santa Catarina
(–1,2%), no Ceará (–2,6%) e na Bahia (–2,6%).
Os dois únicos estados que, em 2012, contribuíram
positivamente para o emprego industrial foram Paraná (2,4%)
e Minas Gerais (0,9%).
Em termos
setoriais, no mesmo acumulado dos primeiros onze meses de 2012,
o número de ocupados caiu em catorze dos dezoito setores
pesquisados. Recuos expressivos foram registrados nos setores
de vestuário (–8,9%), calçados e couro (–6,2%),
têxtil (–5,7%), produtos de metal (–3,4%), papel
e gráfica (–3,7%), madeira (–8,0%), outros
produtos da indústria de transformação (–2,8%)
e metalurgia básica (–3,6%). Os quatro setores que
tiveram aumento de ocupados foram os de alimentos e bebidas (3,9%),
indústrias extrativas (3,9%), máquinas e equipamentos
(1,2%) e produtos químicos (1,0%).
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