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O crescimento de 1,5% registrado em agosto com relação
a julho da produção industrial brasileira divulgado
na semana passada pelo IBGE, ganha maior consistência ao
se observar que as indústrias do Rio de Janeiro, de Minas
Gerais e de São Paulo apresentaram desempenhos positivos
e, no caso desses dois últimos estados, mais robustos nesse
oitavo mês do ano. Voltar a ter crescimento expressivo em
estados em que a industrialização é mais
profunda e mais diversificada transmite confiança de que
o processo de retomada da indústria tem consistência
para prosseguir nos próximos meses.
No Rio, após
crescer 5,0% em julho, a produção industrial avançou
0,6% em agosto, o que colaborou para reverter o resultado negativo
(–5,3%) de junho e mantém o caminho para uma trajetória
mais positiva das atividades produtivas da indústria fluminense
neste segundo semestre.
Em Minas,
o crescimento foi de 3,3% em agosto, uma variação
elevada que recuperou a estagnação de julho (0,0%)
e coloca a indústria mineira evoluindo a uma taxa média
mensal de 1,5% no período junho–agosto.
No estado
paulista, o crescimento da produção industrial também
foi forte em agosto (2,7%), mais do que compensou a queda registrada
em julho (–0,6%) e fez com que a indústria de São
Paulo assinalasse um crescimento médio de 1,1% no período
junho–agosto.
Como cabe
sublinhar, a análise “na margem” mostra sinais
positivos nos principais centros industriais produtores do País
e dá sustentação às expectativas de
que o segundo semestre será melhor para a indústria.
Mas não
é demais observar que a situação ainda é
grave para a indústria. Nesses três estados, por
exemplo, a produção industrial amarga resultados
negativos no acumulado dos oito primeiro meses deste ano.
No Rio, a
atividade industrial caiu 6,5%, decorrente da menor produção
em nove dos treze setores pesquisados pelo IBGE no estado. A principal
influência negativa veio do setor de veículos automotores
(–37,9%), devido, sobretudo, à menor produção
de caminhões. Mas, os setores produtores de alimentos (–12,7%,
destacando a menor fabricação de café torrado
e moído e produtos embutidos ou de salamaria), minerais
não metálicos (–12,5%, destacando: granito
talhado e cimentos “Portland”), bebidas (–8,9%,
destacando: cervejas, chope e refrigerantes) e metalurgia básica
(–4,9%, destacando: folhas–de–flandres, barras
de aços ao carbono e ligas de alumínio em formas
brutas), também exerceram impactos negativos significativos
na produção fluminense.
No estado
paulista, a queda da atividade industrial também é
muito forte nos oito primeiros meses deste ano (–5,6%) e
reflete retração da produção em quinze
dos vinte ramos pesquisados pelo IBGE, ou seja, um desempenho
negativo generalizado. Os setores com maior impacto negativo na
produção paulista no período janeiro–agosto
foram: veículos automotores (–18,5%, com destaque
para a menor produção de automóveis, caminhões
e caminhão–trator para reboques e semi–reboques);
material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações
(–28,2%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(–12,3%); máquinas e equipamentos (–5,7%);
edição, impressão e reprodução
de gravações (–9,5%); e alimentos (–5,3%).
Em Minas,
a produção recuou menos (–0,4%) no acumulado
dos oito primeiros meses de 2012, mas também refletiu uma
queda generalizada das atividades industriais no estado: sete
de trezes ramos pesquisados. Os setores que puxaram para baixo
a produção industrial mineira no período
janeiro–agosto deste ano foram: metalurgia básica
(–5,3%, destacando a redução na produção
de lingotes, blocos ou placas de aços ao carbono e bobinas
a frio de aços ao carbono), veículos automotores
(–2,1%, destacando: veículos para o transporte de
mercadorias e peças ou acessórios para o sistema
de motor de veículos automotores) e indústrias extrativas
(–1,8%, destacando: minérios de ferro). Os que mais
contrabalançaram esses resultados negativos com crescimento
da produção foram os setores: outros produtos químicos
(12,4%), produtos de metal (8,7%) e minerais não metálicos
(2,9%).
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De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal –
Regional do IBGE, na passagem de julho para agosto, a produção
industrial avançou em nove dos catorze locais pesquisados. Os avanços
mais elevados foram registrados nos estados de Goiás (10,3%), Amazonas
(7,6%), Rio Grande do Sul (4,8%), Minas Gerais (3,3%), Paraná (3,0%)
e São Paulo (2,7%). Abaixo da média nacional (1,5%), aparecem
os estados: Rio de Janeiro (0,6%), Santa Catarina (0,5%) e Bahia (0,1%).
Por outro lado, Espírito Santo (–2,4%) e Ceará (–1,5%)
registraram as quedas mais intensas, enquanto Pará e Pernambuco,
ambos com –0,7%, mostraram recuos mais moderados. A região
Nordeste (0,0%) repetiu o patamar do mês anterior, após dois
meses seguidos de expansão na produção.
Na comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, nove dos 14 mostraram
recuo na produção em agosto. As perdas mais intensas podem
ser observadas nos estados do Paraná (–10,8%) e Espírito
Santo (–7,5%). As demais taxas negativas foram observadas nos estados:
Pará (–5,7%), Rio de Janeiro (–5,6%), São Paulo
(–4,6%), Amazonas (–4,6%), Ceará (–2,2%), Santa
Catarina (–2,2%) e Rio Grande do Sul (–1,5%). Por outro lado,
Minas Gerais (4,6%), Goiás (3,7%), Bahia (3,4%), região
Nordeste (1,7%) e Pernambuco (1,5%) apontaram avanços no confronto
com igual mês do ano anterior.
A produção
industrial acumulada até o oitavo mês de 2012 apresentou
queda em nove das quatorze localidades. Quatro locais recuaram acima da
média nacional (–3,4%): Amazonas (–7,2%), Rio de Janeiro
(–6,5%), Espírito Santo (–6,2%) e São Paulo
(–5,6%). As demais taxas negativas ocorreram nos estados: Santa
Catarina (–2,8%), Rio Grande do Sul (–2,7%), Ceará
(–1,5%), Pará (–0,8%) e Minas Gerais (–0,4%).
Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado pelos
setores relacionados à redução na fabricação
de bens de consumo duráveis (motos, aparelhos de ar–condicionado,
telefones celulares e relógios) e de bens de capital, além
da menor produção vinda dos setores extrativos (minérios
de ferro), têxtil, vestuário, farmacêutica e metalurgia
básica. Por outro lado, os avanços podem ser observados
nos estados: Goiás (5,3%), Pernambuco (3,8%), Bahia (3,1%), região
Nordeste (2,2%) e Paraná (0,2%).
Espírito Santo. Em agosto, frente julho, com dados
já descontados dos efeitos sazonais, a produção industrial
capixaba apresentou queda de 2,4%. No confronto com agosto de 2011, constatou–se
recuo de 7,5%, taxa influenciada pelos setores: metalurgia básica
(–31,9%), indústrias extrativas (–5,3%), alimentos
e bebidas (–4,4%) e minerais não metálicos (5,0%).
Já a única contribuição positiva foi observada
pelo setor de celulose, papel e produtos de papel (0,2%). No acumulado
no ano de 2012 até agosto, a produção industrial
recuou 6,2%, com destaque para a queda nas atividades dos setores de metalurgia
básica (–44,3%) e extrativo (–1,0%). As únicas
contribuições positivas provieram dos setores de alimentos
e bebidas (11,1%), minerais não metálicos (8,1%) e celulose,
papel e produtos de papel (2,2%).
Rio de Janeiro.
Em agosto, a indústria fluminense apresentou ligeiro avanço
de (0,6%), com dados livres de efeitos sazonais. Na comparação
mensal (mês/ mesmo mês do ano anterior), a indústria
fluminense registrou queda de 5,6%, taxa impulsionada pelos setores de:
veículos automotores (–31,8%), metalurgia básica (–9,9%),
outros produtos químicos (11,4%), bebidas (–14,2%) e alimentos
(–13,2%). Por outro lado, a contribuição positiva
mais relevante veio do setor de edição, impressão
e reprodução de gravações (36,5%). No acumulado
no ano de 2012 até agosto, a produção industrial
recuou 6,5%, com destaque para a queda nos setores de: veículos
automotores (–37,9%), alimentos (–12,7%), minerais não
metálicos (–12,5%), bebidas (–8,9%) e metalurgia básica
(–4,9%). Já o setor de outros produtos químicos (7,5%),
foi responsável pela principal variação positiva.
Goiás.
Em agosto, frente julho, com dados já descontados dos
efeitos sazonais, a produção industrial no estado de Goiás
apresentou avanço de 10,3%. No confronto com agosto de 2011, constatou-se
avanço de 3,7%, taxa influenciada principalmente pelos setores:
produtos químicos (8,4%), indústrias extrativas (8,2%),
minerais não metálicos (8,5%) e metalurgia básica
(7,8%). No acumulado no ano de 2012 até agosto, a produção
industrial obteve alta de 5,3%, com destaque para o avanço nos
setores de: produtos químicos (19,3%), metalurgia básica
(10,2%), minerais não metálicos (6,5%) e indústrias
extrativas (1,7%). Por outro lado o setor de alimentos e bebidas apresentou
queda de 1,8%.
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