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O crescimento de 0,2% da produção industrial em
junho com relação a maio, em grande medida puxada
pelo estado de São Paulo (1,0%), possivelmente marcou o
início da retomada das atividades da indústria esperada
para o segundo semestre. São os efeitos das várias
medidas que o governo vem tomando para estimular a economia e,
em particular, o setor industrial. No entanto, como o emprego
normalmente acompanha a produção, porém,
com alguma defasagem, este ainda não reagiu e amargou mais
uma taxa negativa no sexto mês deste ano.
De acordo
com o IBGE, o número de ocupados na indústria recuou
0,2% em junho frente a maio (com ajuste sazonal), a quarta queda
consecutiva. Na comparação com junho do ano passado,
o emprego industrial caiu 1,8%, a nona taxa negativa consecutiva
e a mais alta. Como resultado dessa evolução adversa,
o número de ocupados na indústria acumula queda
de 1,2% no primeiro semestre deste ano.
Em perspectiva,
o emprego industrial provavelmente apresentará resultados
negativos no início do segundo semestre do ano, já
que o número de horas pagas na indústria (aqui tomado
como um “indicador antecedente” do movimento do emprego
industrial) continuou a cair em junho (–0,3% frente a maio,
com ajuste sazonal) – quarta taxa negativa consecutiva,
mas menos intensa do que nos meses anteriores: –1,2% em
março, –0,8% em abril e –0,6% em maio. Ou seja,
provavelmente serão observados nos próximos meses
movimentos contrários de produção (em crescimento,
ainda que modesto) e emprego (em ajuste, possivelmente oscilatório).
Como supracitado,
o emprego industrial recuou 1,8% em junho deste ano com relação
a junho de 2011. Em termos regionais, a principal influência
negativa para esse resultado veio do estado de São Paulo,
cujo número de ocupados na indústria recuou 3,5%,
decorrente da queda do emprego em catorze dos seus dezoito segmentos
industriais pesquisados pelo IBGE. No acumulado dos seis primeiros
meses de 2012, o recuo de 1,2% do emprego industrial refletiu
a queda do ocupados na indústria em nove dos catorze locais,
com destaque, uma vez mais, para São Paulo (–3,2%).
Setorialmente,
no confronto junho de 2012 e junho de 2011, o emprego industrial
recuou em treze dos dezoito ramos pesquisados, com destaques para
vestuário (–8,6%), produtos de metal (–4,8%),
calçados e couro (–5,9%), têxtil (–5,8%),
papel e gráfica (–4,2%), outros produtos da indústria
de transformação (–4,2%), meios de transporte
(–2,1%), madeira (–7,3%), metalurgia básica
(–4,2%) e borracha e plástico (–2,6%). No acumulado
de 2012, as contribuições negativas mais relevantes
vieram de vestuário (–7,6%), produtos de metal (–5,2%),
calçados e couro (–6,5%), têxtil (–5,3%),
madeira (–9,1%), papel e gráfica (–4,0%) e
borracha e plástico (–3,6%).
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Em junho, o emprego na indústria apresentou recuo de 0,2% frente
a maio, na série livre de efeitos sazonais. Este foi o quarto resultado
negativo consecutivo. Na comparação com o mesmo mês
de 2011, houve uma queda de 1,8%. Na análise trimestral, frente
ao mesmo trimestre do ano anterior, o emprego decresceu 1,6%. No acumulado
do primeiro semestre do ano, em comparação a igual período
de 2011, o emprego industrial caiu 1,2%, enquanto que no acumulado dos
últimos doze meses a variação foi de –0,6%.
Em termos regionais,
no confronto entre junho de 2012 e junho de 2011, o principal impacto
negativo sobre a média global foi observado em São Paulo
(–3,5%), pressionado pelas taxas negativas registradas em quatorze
dos dezoito setores investigados, seguido por Região Nordeste (–2,7%),
Rio Grande do Sul (–2,6%), Santa Catarina (–1,4%), Bahia (–4,0%)
e Ceará (–3,2%). Por outro lado, Paraná (1,8%) e Minas
Gerais (0,3%) apontaram as contribuições positivas sobre
o emprego industrial do país.
Na comparação
do segundo trimestre do ano frente ao mesmo trimestre do ano passado,
houve aumento do ritmo de queda, com destaque para Rio Grande do Sul (de
0,8% para –1,9%), Pernambuco (de 2,0% para –0,7%), Bahia (de
–2,1% para –3,6%), Minas Gerais (de 1,9% para 0,6%), Paraná
(de 4,0% para 2,7%), Região Nordeste (de –1,4% para –2,6%)
e Região Norte e Centro–Oeste (de 0,9% para –0,3%).
No índice acumulado
nos seis primeiros meses de 2012 o emprego industrial permaneceu em queda
(–1,2%), com taxas negativas em 9 dos 14 locais, com destaque para
São Paulo (–3,2%), Região Nordeste (–2,0%),
Santa Catarina (–1,5%), Ceará (–3,2%) e Bahia (–2,8%).
Por outro lado, Paraná (3,3%) e Minas Gerais (1,2%) exerceram as
maiores pressões positivas.
Setorialmente, no
confronto junho de 2012 e junho de 2011, o total do pessoal ocupado assalariado
recuou em treze dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões
negativas vindas de vestuário (–8,6%), produtos de metal
(–4,8%), calçados e couro (–5,9%), têxtil (–5,8%),
papel e gráfica (–4,2%), outros produtos da indústria
de transformação (–4,2%), meios de transporte (–2,1%),
madeira (–7,3%), metalurgia básica (–4,2%) e borracha
e plástico (–2,6%). Por outro lado, os principais impactos
positivos sobre a média da indústria foram observados nos
setores de alimentos e bebidas (3,5%), indústrias extrativas (4,3%)
e máquinas e equipamentos (0,8%).
Na análise
por trimestres, o menor dinamismo foi observado em treze setores, com
destaque para meios de transporte (de 1,7% para –1,4%), alimentos
e bebidas (de 4,4% para 3,3%), outros produtos da indústria de
transformação (de 0,3% para –3,7%), refino de petróleo
e produção de álcool (de 3,0% para –2,7%) e
vestuário (de –6,6% para –8,5%), entre os ramos.
No acumulado de 2012,
as contribuições negativas mais relevantes vieram de vestuário
(–7,6%), produtos de metal (–5,2%), calçados e couro
(–6,5%), têxtil (–5,3%), madeira (–9,1%), papel
e gráfica (–4,0%) e borracha e plástico (–3,6%),
enquanto os setores de alimentos e bebidas (3,8%), máquinas e equipamentos
(2,2%) e indústrias extrativas (4,3%) responderam pelas principais
influências positivas.
Número
de Horas Pagas. O
número de horas pagas aos trabalhadores na indústria apresentou
queda de 0,3% na passagem de maio para junho, na série dessazonalizada,
após três recuos consecutivos. Frente a junho de 2011, houve
queda de 2,6% das horas pagas na indústria. Na comparação
acumulada do ano, houve decréscimo de 1,9%. No acumulado dos últimos
12 meses frente ao período imediatamente anterior, as contratações
da indústria registraram queda de 1,4%.
Folha de Pagamento
Real per capita. Em junho, frente a maio, este índice
apresentou expansão de 2,5%. Frente a junho de 2011, o resultado
manteve–se positivo: 3,7%. No acumulado do primeiro semestre de
2012, o aumento foi de 3,8%, enquanto no acumulado dos últimos
doze meses, houve variação positiva de 3,5%.
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