Prezados Conselheiros,
A Análise IEDI divulgada hoje salienta a importância de o Governo conduzir a economia brasileira para um novo padrão de crescimento, cada vez mais assentado nos investimentos. Mas também ressalta que as medidas mais pontuais que vêm sendo adotadas pelo Governo não devem ser menosprezadas, já que a economia ainda continua numa trajetória descendente. De fato, como mostram os dados do IBGE, o emprego industrial sofreu nova retração em abril (–0,3%), após recuar 0,5% em março. No primeiro quadrimestre deste ano, o número de ocupados na indústria acumula queda de 0,9%. Além disso, ao se tomar o número de horas pagas na indústria como um “indicador antecedente” do desempenho do emprego industrial, os sinais não são favoráveis: esse indicador voltou a cair no mês de abril (–0,8%), após queda de 1,3% em março. Atenciosamente, Julio Gomes de Almeida |
12 de junho de 2012 |
Emprego
Industrial |
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Em termos setoriais, frente ao mesmo mês do ano anterior, o emprego industrial recuou em treze dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (–7,9%), produtos de metal (–5,6%), têxtil (–6,2%), calçados e couro (–5,3%), papel e gráfica (–3,9%), madeira (–8,6%) e borracha e plástico (–3,4%). Por outro lado, os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas (3,4%), máquinas e equipamentos (3,0%), indústrias extrativas (4,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%). No acumulado dos primeiros quatro meses de 2012, as contribuições negativas mais relevantes sobre o total da indústria vieram de vestuário (–6,8%), produtos de metal (–5,5%), calçados e couro (–6,6%), têxtil (–5,3%), madeira (–9,8%), borracha e plástico (–4,0%) e papel e gráfica (–3,8%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (4,1%), máquinas e equipamentos (2,6%), indústrias extrativas (4,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%) e meios de transporte (1,3%) responderam pelos principais impactos positivos. Número de Horas Pagas. O número total de horas pagas pela indústria caiu 0,8% entre março e abril do presente ano na série com ajuste sazonal, após ter registrado recuo de 1,3% em março. No confronto com abril de 2011 houve decréscimo de 2,1%, o pior resultado desde novembro de 2009 (–3,1%) neste tipo de comparação. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano frente a igual período de 2011, o recuo foi de 1,4%, enquanto que nos últimos 12 meses, houve queda de 0,8%. Folha de Pagamento Real. A variável registrou na comparação com mês imediatamente anterior variação negativa de 0,5%, o segundo recuo consecutivo. Na comparação contra igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento cresceu 4,2%, enquanto o indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano ficou em 4,5%. A taxa acumulada nos últimos dozes manteve a trajetória de taxas menos positivas registrando alta de 3,8%. |
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