Prezados Conselheiros, Nossa Análise IEDI de hoje sobre a produção industrial regional enfatiza o declínio da indústria do Rio de Janeiro como fator explicativo da queda da produção do setor no Brasil como um todo. Como vem ocorrendo, os setores industriais do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais estão dando a tônica do desempenho do setor. Atenciosamente, Julio Gomes de Almeida |
6 de junho de 2012 |
Indústria
Regional |
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Na base de comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, dez dos catorze locais mostraram queda na produção em abril. As perdas mais intensas podem ser observadas nos estados do Amazonas (–11,8%) e no Rio de Janeiro (–9,4%). Espírito Santo (–4,4%), São Paulo (–3,8%) e Ceará (–3,2%) também apontaram recuo acima da média nacional (–2,9%). As demais taxas negativas foram assinaladas por Santa Catarina (–2,3%), Rio Grande do Sul (–1,7%), Bahia (–1,4%), região Nordeste (–0,8%) e Minas Gerais (–0,7%). Por outro lado, o destaque positivo foi registrado no estado de Goiás (15,1%) assinalando a expansão mais acentuada, refletindo, em grande parte, no incremento da produção de medicamentos em abril de 2012. Os estados de Pernambuco (3,9%), Pará (3,0%) e Paraná (2,4%) também registraram resultados positivos. A produção industrial acumulada no primeiro quadrimestre de 2012 apresentou queda em oito das quatorze localidades. Seis locais recuaram acima da média nacional (–2,8%): Rio de Janeiro (–7,5%), São Paulo (–5,1%), Santa Catarina (–5,1%), Amazonas (–4,5%), Ceará (–3,7%) e Espírito Santo (–2,9%). As demais taxas negativas ocorreram em Minas Gerais (–1,4%) e no Pará (–0,1%). Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar condicionado, celulares e relógios) e de bens de capital (especialmente os caminhões), além da menor produção dos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário e metalurgia básica. Por outro lado, os estados que obtiveram alta em seu crescimento foram: Goiás (17,9%), Paraná (6,2%), Bahia (5,6%), Pernambuco (5,2%), região Nordeste (3,2%) e o Rio Grande do Sul (1,1%). A redução no ritmo de crescimento do setor industrial no último quadrimestre de 2011 (–1,8%) para o primeiro de 2012 (–2,8%) em nível nacional refletiu a queda em sete dos 14 locais pesquisados. Com destaque para queda no crescimento nos estados do Amazonas (de 7,8% para –4,5%), Rio de Janeiro (de –1,8% para –7,5%), Paraná (de 11,6% para 6,2%), Espírito Santo (de 2,0% para –2,9%) e Pará (de 3,5% para –0,1%). Os maiores ganhos entre os dois períodos foram observados na Bahia (de –3,5% para 5,6%), Goiás (de 10,0% para 17,9%) e região Nordeste (de –2,4% para 3,2%). Goiás. Em abril, frente março, com dados já descontados dos efeitos sazonais, a produção industrial goiana apresentou queda de 7,6%. No confronto com abril de 2011, constatou-se avanço de 15,1%, taxa influenciada pelos setores: produtos químicos (84,7%), metalurgia básica (15,1%) e minerais não metálicos (13,4%). Já a única contribuição negativa foi observada pelo setor de alimentos e bebidas (–2,0%). No acumulado no ano de 2012 até abril, a produção industrial aumentou 17,9%, com destaque para o crescimento nos setores de produtos químicos (84,7%) e minerais não metálicos (16,8%). Amazonas. Em abril, a indústria amazonense apresentou queda de (5,8%), com dados livres de efeitos sazonais. Na comparação mensal (mês/ mesmo mês do ano anterior), o estado registrou queda de 11,8%, taxa impulsionada pelos setores de: máquinas e equipamentos (–29,8%), refino de petróleo e produção de álcool (–25,7%) e outros equipamentos de transporte (–19,4%). Por outro lado, duas únicas contribuições positivas podem ser observadas pelos setores de produtos químicos (46,2%) e alimentos e bebidas (3,9%). No acumulado no ano de 2012 a produção industrial recuou 4,5%, com destaque para a queda de crescimento nos setores de máquinas e equipamentos (–21,4%), edição, impressão e reprodução de gravações (–10,8%) e outros equipamentos de transporte (–9,0%). |
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