Prezados Conselheiros,
O resultado da produção industrial a nível regional mostra que o índice negativo da indústria brasileira para o 1º trimestre desse ano, de -3%, decorreu da queda da produção nos três principais parques industriais do país. Em São Paulo a produção recuou em 12 dos 20 setores pesquisados, tendo como média uma queda de -6,2%. No Rio, 10 dos 13 setores pesquisados tiveram recuo, que em média foi de -6,8%. Em Minas a queda foi menor, -1,4%, com retrocesso em 6 dos 13 setores pesquisados A seguir uma análise mais detida dos resultados. Atenciosamente, Julio Gomes de Almeida |
10 de maio de 2012 |
Indústria
Regional |
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Na base de comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, os estados de São Paulo (–6,2%), Santa Catarina (–6,0%), Rio de Janeiro (2,4%), Espírito Santo (–2,4%) registraram quedas superiores à média nacional (–2,1%). As demais taxas negativas foram assinaladas por região Nordeste (–1,4%), Minas Gerais (–0,7%) e Bahia (–0,7%). Por outro lado, o destaque positivo foi registrado no estado de Goiás, cuja produção cresceu 24,7%, refletindo, em grande parte, a maior produção do setor de produtos químicos (70,2%). Também registraram resultados positivos: Paraná (15,0%), Pará (5,5%), Rio Grande do Sul (1,5%), Ceará (1,3%), Amazonas (0,3%) e Pernambuco (0,1%). A produção industrial acumulada entre janeiro e março apresentou queda em oito das quatorze localidades. Quatro locais recuaram acima da média nacional (-3,0%): Rio de Janeiro (–6,8%), São Paulo (–6,2%), Santa Catarina (–5,9%) e Ceará (–4,3%). As demais taxas negativas foram: Espírito Santo (–2,4%), Amazonas (–2,0%), Minas Gerais (–1,4%) e Pará (–1,2%). Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar condicionado e telefones celulares) e de bens de capital (especialmente os caminhões), além da menor produção dos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário e metalurgia básica. Por outro lado, os estados que obtiveram alta em seu crescimento foram: Goiás (18,8%), Bahia (8,0%), Paraná (7,4%), Pernambuco (5,6%), região Nordeste (4,0%) e Rio Grande do Sul (2,1%). A redução no ritmo de crescimento do setor industrial no índice acumulado nos últimos doze meses na passagem de fevereiro para março (-1,1%) refletiu em 7 dos 14 locais pesquisados. Com destaque para queda no crescimento nos estados do Ceará (-10,4%) e em Santa Catarina (-6,6%). As principais expansões foram assinaladas em Goiás (11,4%), Paraná (7,7%) e Amazonas (4,1%). Goiás. Em março, frente fevereiro, com dados já descontados dos efeitos sazonais, a produção industrial goiana apresentou avanço de 6,7%. No confronto com março de 2011, constatou-se avanço de 24,7%, taxa influenciada pelos setores: produtos químicos (70,2%), minerais não metálicos (28,3%) e metalurgia básica (23,7%). Já a principal contribuição negativa foi observada pelo setor de indústria extrativa (–4,0%). No acumulado no ano de 2012 até março, a produção industrial atingiu (18,8%), com destaque para o crescimento nos setores de produtos químicos (84,7%) e minerais não metálicos (18,1%). São Paulo. Em março, a indústria paulista apresentou queda de (0,3%), com dados livres de efeitos sazonais. Na comparação mensal (mês/ mesmo mês do ano anterior), o estado registrou queda de 6,2%, taxa influenciada pelos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–16,0%), produtos de metal (–14,2%) e edição, impressão e reprodução de gravações (–13,7%). Por outro lado, as principais contribuições positivas podem ser observadas pelos setores de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (31,9%) e outros equipamentos de transporte (16,4%).
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