2 de setembro de 2011

Indústria Regional
Sudeste em nítida perda de ritmo


   

 
A perda de ritmo da indústria nacional reflete o que vem ocorrendo em termos regionais. Se a produção industrial no Nordeste apresenta desaceleração desde junho de 2010 – em verdade, ela já está se retraindo –, agora é a vez do sudeste do País confirmar, com o dado divulgado hoje pelo IBGE, uma tendência clara de menor fôlego. Nos últimos três meses encerrados em julho, a produção em São Paulo cresceu 4,2%, 2,5% e 1,1%, respectivamente, em maio, junho e julho – todas as taxas calculadas com relação a igual mês de 2010. Em Minas, as taxas de variação da produção industrial foram iguais a 1,0%, 1,3%, –0,2%, nessa ordem, de maio a julho. No Espírito Santo, o menor ímpeto da indústria local é evidente (18,8%, 8,0% e 3,1%), e, no Rio, o cenário já está ficando negativo relativamente ao ano passado (0,8%, –3,8% e –2,2%).

Ainda na comparação com julho de 2010, continuam sendo observados resultados muito ruins no Nordeste (–7,2%), sobretudo em decorrência da evolução da produção industrial no Ceará (–19,2%) e na Bahia (–4,4%). Neste último estado, o resultado foi principalmente influenciado pelos setores de metalurgia básica (–36,6%), refino de petróleo e produção de álcool (–14,2%) e celulose e papel (–13,9%); no Ceará, devido ao comportamento das indústrias dos setores têxtil (–37,3%), alimentos e bebidas (–19,4%), calçados e artigos de couro (–23,9%), refino de petróleo e produção de álcool (–26,2%) e vestuário (–22,4%). Cabe salientar que, em julho do ano passado, a indústria brasileira como um todo já apresentava resultados bem mais fracos, ou seja, os níveis de produção com os quais se está comparando aqui já eram mais modestos.

A produção industrial acumulada entre janeiro e julho (1,4% no geral), quando confrontada com mesmo período do ano anterior, revela variação positiva na maior parte das localidades – em nove das catorze. As expansões acima da média nacional ficaram com: Espírito Santo (11,0%), Goiás (5,1%), São Paulo (2,6%), Paraná (2,3%), Pará (2,2%), Minas Gerais (2,0%) e Rio de Janeiro (1,6%). Os demais resultados positivos foram verificados no Rio Grande do Sul (1,4%) e no Amazonas (1,1%). Por outro lado, os locais com queda na produção nos sete primeiros meses do ano foram Pernambuco (–3,4%), Bahia (–4,6%), Santa Catarina (–5,0%), região Nordeste (–5,9%) e Ceará (–14,4%). No entanto, vale observar, em quase todas as regiões em que a as taxas acumuladas no ano são positivas, é flagrante a desaceleração da produção industrial.

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