8 de julho de 2011

Emprego Industrial
Estagnado com acentuada perda
de dinamismo em São Paulo


   

 
Os dados de emprego industrial divulgados hoje pelo IBGE só confirmam o desempenho nada favorável apresentado pela indústria faz um bom tempo. A variação de 0,1% em maio frente a abril, com ajuste sazonal, é mais um parco resultado que pode ser observado na evolução do número de ocupados na indústria desde agosto de 2010. Vale ressaltar que no acumulado desse período, ou seja, entre agosto de 2010 e maio deste ano, o emprego industrial cresceu somente 0,5% e ainda assim devido ao resultado “excepcional” de fevereiro, pois, se excluída a variação do segundo mês deste ano, a taxa acumulada nos últimos dez meses encerrados em maio seria igual a zero. Pode-se observar também que, na comparação com maio do ano passado, a taxa de crescimento dos empregados na indústria é bem inferior à registrada no emprego geral da economia brasileira: 1,3% no primeiro caso e 2,5% no segundo (variação da PME também do IBGE).

Ainda nessa comparação mensal, doze das catorze regiões contempladas pela pesquisa do IBGE apresentaram expansão do emprego industrial. Ao lado de avanços significativos no Paraná (6,1%), em Minas Gerais (3,0%), na região Nordeste (2,3%), no Rio Grande do Sul (2,7%) e na região Norte e Centro-Oeste (2,5%), chama a atenção a perda de dinamismo do emprego industrial no estado de São Paulo (–0,7%), algo que também é confirmado pela taxa de variação acumulada no ano. De fato, nos primeiros cinco meses deste ano com relação a igual período de 2010, a taxa de variação dos ocupados na indústria (2,2% no total) foi bastante positiva em Minas (3,6%), no Rio Grande do Sul (3,1%), no Paraná (4,3%), na região Nordeste (2,8%), e mesmo na região Norte e Centro-Oeste (3,6%), enquanto em São Paulo essa taxa ficou em 0,6%.

Os resultados setoriais também merecem destaque. Em maio deste ano frente a igual mês de 2010, onze dos dezoito setores ampliaram o pessoal ocupado no setor industrial, com destaque para as contribuições positivas vindas de alimentos e bebidas (3,4%), meios de transporte (7,6%), máquinas e equipamentos (4,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%), outros produtos da indústria de transformação (5,7%) e metalurgia básica (7,5%). Por outro lado, papel e gráfica (–10,2%), vestuário (–4,0%), madeira (–10,2%) e calçados e couro (–3,7%) exerceram as principais pressões negativas. No acumulado no ano, frente igual período de 2010, meios de transporte (8,1%), alimentos e bebidas (2,2%), produtos de metal (6,5%), máquinas e equipamentos (5,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,2%), metalurgia básica (8,0%) foram os maiores impactos positivos. Já os ramos de papel e gráfica (–8,8%), de vestuário (–3,1%) e de madeira (–7,1%) responderam pelos principais impactos negativos.
  

 
Na passagem de abril para maio na série livre de efeitos sazonais, o pessoal ocupado assalariado na indústria apresentou relativa estabilidade (+0,1%). Na relação mês/ mesmo mês de 2010, o emprego industrial assinalou aumento de 1,3%, assinalando a menor taxa positiva desde fevereiro do ano passado. No acumulado nos primeiros cinco meses de 2011 houve uma variação acumulada de 2,2%, contra taxa de 2,0% no mesmo período de 2010. A variação acumulada nos últimos doze meses foi de 3,5%.

Na comparação mensal (mês/mesmo mês do ano anterior), doze das catorze regiões contempladas pela pesquisa apresentaram expansão do emprego industrial. Os avanços mais significativos para a média nacional foram: Paraná (6,1%), Minas Gerais (3,0%), região Nordeste (2,3%), Rio Grande do Sul (2,7%) e região Norte e Centro-Oeste (2,5%). Já para a variação acumulada no ano, também se verificou crescimento generalizado, com exceção do Ceará (-0,4%). As principais pressões positivas, em termos de contribuição para a média geral, vieram de Minas Gerais (3,6%), região Nordeste (2,8%), Paraná (4,3%), região Norte e Centro-Oeste (3,6%), Rio Grande do Sul (3,1%) e São Paulo (0,6%).

Setorialmente, 11 dos 18 setores ampliaram o pessoal ocupado no setor industrial, com destaque para as contribuições positivas vindas de alimentos e bebidas (3,4%), meios de transporte (7,6%), máquinas e equipamentos (4,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%), outros produtos da indústria de transformação (5,7%) e metalurgia básica (7,5%), enquanto papel e gráfica (–10,2%), vestuário (–4,0%), madeira (–10,2%) e calçados e couro (–3,7%) exerceram as principais pressões negativas. No acumulado no ano, frente igual período de 2010, meios de transporte (8,1%), alimentos e bebidas (2,2%), produtos de metal (6,5%), máquinas e equipamentos (5,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,2%), metalurgia básica (8,0%) foram os maiores impactos positivos. Por outro lado, os ramos de papel e gráfica (–8,8%), de vestuário (–3,1%) e de madeira (–7,1%) responderam pelos principais impactos negativos.

 

 
Folha de Pagamento Real. A folha de pagamento real da indústria brasileira apresentou, na relação abril/maio, já livre dos efeitos sazonais, uma variação positiva de 0,4%, revertendo parte do resultado negativo de abril (-0,9%). Frente maio de 2010, verificou-se um expansão de 5,0%, impulsionada pelos setores de meios de transporte (15,9%), alimentos e bebidas (5,9%), máquinas e equipamentos (6,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%), metalurgia básica (6,9%) e minerais não metálicos (7,0%). No ano, a folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria assinalou crescimento de 5,9%, e nos últimos 12 meses, um avanço de 7,6%.

Número de Horas Pagas. Na passagem de abril para maio, com dados dessazonalizados, houve estabilidade no total de horas pagas na indústria, após dois meses consecutivos de quedas (março, queda de 0,3% e abril, recuo de 0,5%). Frente a igual mês de 2010 verificou-se acréscimo de 0,9%. No acumulado do ano, o crescimento de 1,9% das horas pagas na indústria deveu-se as pressões positivas em 13 dos 14 locais e em 11 dos 18 ramos investigados, com destaque setorial para meios de transporte (7,5%), máquinas e equipamentos (5,7%), produtos de metal (6,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,4%) e alimentos e bebidas (1,9%). Por sua vez, a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 3,6%.

 

 

 

 

 

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