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Os dados divulgados hoje pelo IBGE parecem mostrar um cenário
mais promissor para a indústria brasileira. De fato, no
mês de maio, em onze dos catorze locais pesquisados ocorreu
expansão da produção industrial. Acima da
média geral (1,3%) ficaram: Goiás (15,0%), Bahia
(4,5%), Amazonas (3,9%), Paraná (3,6%), Pará (2,7%),
São Paulo (1,9%) e Ceará (1,6%). Região Nordeste
(1,1%), Pernambuco (0,8%), Minas Gerais (0,7%) e Rio Grande do
Sul (0,4%) também registraram resultados positivos em maio
– todas as taxas de variação calculadas com
relação a abril, a partir da série com ajuste
sazonal.
No entanto,
muitas dessas variações positivas sucederam resultados
negativos em abril, ou ainda, a produção cresceu
em maio após cair (em alguns casos, fortemente) no mês
imediatamente anterior. Em São Paulo, o aumento de 1,9%
da produção industrial ocorreu após uma queda
expressiva de 3,9% em abril. No Ceará, a produção
havia recuado 6,7% em abril e, nos estados de Pernambuco e Minas,
2,4% e 1,0%, respectivamente. Além desses estados, em outras
quatro localidades (do total de onze) com resultados positivos
em maio também foi observado queda da produção
em abril – Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás
e Região Nordeste.
Mais importante
do que registrar essa oscilação no desempenho da
indústria é observar que o mesmo movimento de desaceleração
na produção em geral também pode ser visto
em termos regionais. A análise mais detida, que considera
um período maior da evolução da atividade
industrial, mostra, ao se tomar o desempenho industrial segundo
a média móvel trimestral (a fim de diminuir as oscilações
que vêm ocorrendo na produção mês após
mês), uma perda de ritmo tanto na indústria como
um todo (0,9%, 0,4% e 0,2%, respectivamente, em março,
abril e maio) como nas indústrias de estados importantes
do ponto de vista industrial, como São Paulo (1,5%, 0,0%
e 0,0%), Rio de Janeiro (0,2%, 1,2% e –1,0%) e Minas (0,5%,
0,8% e –0,2%) – todas as variações seguindo
a mesma ordem: março, abril e maio.
Além
das medidas macroprudenciais do governo para diminuir o ritmo
da economia, a presença mais acentuada dos importados (devido
à contínua valorização do real) é
o principal fator para explicar esse comportamento recente da
indústria brasileira.
Leia
aqui o texto completo desta Análise.
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Segundo os dados divulgados pelo IBGE, na passagem de abril para maio
de 2011, com dados livres de efeitos sazonais, onze das catorze regiões
contempladas pela pesquisa apresentaram ampliação da produção
industrial, com destaque para o estado de Goiás (15,0%), revertendo
a queda de 4,6% dos últimos dois meses. Acima da média geral
ficaram: Bahia (4,5%), Amazonas (3,9%), Paraná (3,6%), Pará
(2,7%), São Paulo (1,9%) e Ceará (1,6%). Região Nordeste
(1,1%), Pernambuco (0,8%), Minas Gerais (0,7%) e Rio Grande do Sul (0,4%)
também registraram resultados positivos. Por outro lado, os locais
que apresentaram recuo na produção frente a abril foram
Espírito Santo (–0,3%), Rio de Janeiro (–1,8%) e Santa
Catarina (–2,4%).
No indicador mensal
(mês contra mesmo mês do ano anterior), oito dos locais pesquisados
assinalaram crescimento. Com avanço acima da média nacional
(2,7%), destacaram-se: Espírito Santo (18,8%), Goiás (9,8%),
Amazonas (7,6%), Pará (7,1%), Rio Grande do Sul (5,7%) e São
Paulo (3,9%). As demais taxas positivas foram: Rio de Janeiro (0,8%) e
Minas Gerais (0,6%). Pressionando negativamente ficaram: Ceará
(–10,9%) e Santa Catarina (–9,8%), com as quedas mais acentuadas,
seguidos do Paraná (–5,9%), região Nordeste (–4,6%),
Pernambuco (–4,2%) e Bahia (–2,3%).
A produção
industrial acumulada entre janeiro e maio, quando confrontada com mesmo
período do ano anterior, revela variação positiva
em 8 das 14 localidades novamente. As ampliações mais elevadas
no desempenho regional ficaram com: Espírito Santo (13,4%), Rio
de Janeiro (3,5%), São Paulo (2,6%), Minas Gerais (2,5%) e Rio
Grande do Sul (2,3%). Com avanços inferiores à média
do país estão Paraná (1,6%), Amazonas (0,4%) e Pará
(0,2%). Os resultados negativos foram observados em Goiás (–0,8%),
Santa Catarina (–3,8%), Pernambuco (–5,2%), região
Nordeste (–5,9%), Bahia (–6,7%) e Ceará (–9,8%).
No acumulado dos últimos
12 meses, o crescimento de 4,5% da produção nacional deveu-se
à variação positiva em 10 localidades. Na passagem
de abril para maio, a indústria nacional passou de 5,4% para 4,5%.
Esse movimento de desaceleração também foi acompanhado
pelas localidades do Paraná (de 11,5% em abril para 8,3% em maio),
Ceará (de 0,9% para –1,5%), Santa Catarina (de 1,5% para
-0,4%), região Nordeste (de 1,6% para –0,2%), Minas Gerais
(de 8,3% para 6,5%) e Bahia (de -0,5% para -2,0%).
São Paulo. Em maio, frente abril, com dados já
descontados dos efeitos sazonais, a produção industrial
de São Paulo apresentou avanço de 1,9%, após recuar
3,9% em abril. No confronto com maio de 2010, constatou-se avanço
de 3,9%, taxa influenciada pelos setores: refino de petróleo e
produção de álcool (25,4%), farmacêutico (21,4%),
produtos de metal (18,1%) e de outros produtos químicos (8,0%).
Em sentido oposto, entre os sete setores que assinalaram queda na produção,
os principais impactos vieram de máquinas para escritório
e equipamentos de informática (–25,7%) e de material eletrônico
e equipamentos de comunicações (–16,0%). No acumulado
dos cinco primeiros meses de 2011, a produção industrial
cresceu 2,6%, pressionada pelos acréscimos observados em catorze
segmentos, sendo que a indústria farmacêutica (14,7%), refino
de petróleo e produção de álcool (12,2%),
veículos automotores (4,5%) e outros produtos químicos (6,1%)
foram as atividades que mais pressionaram positivamente. Por outro lado,
máquinas para escritório e equipamentos de informática
(–24,6%) e alimentos (–5,9%) foram os setores que mais influenciaram
negativamente a taxa global.
Espírito
Santo. A partir de dados livres de efeitos sazonais, observa-se
que a indústria capixaba, na passagem de abril para maio, registrou
um dos únicos resultados negativos, ao recuar 0,3%. Cabe salientar
que nos quatro meses anteriores o estado acumulou um crescimento de 16,6%.
Na comparação de maio de 2011 contra igual mês de
2010, houve acréscimo de 18,8%. O principal impacto positivo veio
da indústria extrativa (44,0%), seguida por celulose e papel (18,0%)
e minerais não metálicos (12,0%). Por outro lado, o único
impacto negativo veio de metalurgia básica (–2,0%). Na comparação
acumulada no ano, o estado registrou avanço de 13,4%, crescimento
impulsionado pelos setores de extrativo (40,9%), minerais não metálicos
(13,9%) e celulose e papel (6,0%), enquanto as perdas foram assinaladas
por metalurgia básica (–8,2%) e alimentos e bebidas (–0,5%).
Minas Gerais.
Em maio, a indústria mineira apresentou aumento de 0,7%,
com dados livres de efeitos sazonais. Na comparação mensal
(mês/ mesmo mês do ano anterior), houve alta da produção
fabril em 0,6%, em virtude, principalmente do desempenho dos setores de
veículos automotores (9,9%), outros produtos químicos (12,9%),
produtos de metal (11,4%) e minerais não metálicos (4,2%).
As pressões negativas foram registradas em metalurgia básica
(–3,9%), refino de petróleo e produção de álcool
(–9,6%) e indústrias extrativas (–2,9%). A produção
industrial no período entre janeiro e maio de 2011 cresceu 2,5%,
graças ao desempenho de outros produtos químicos (19,7%),
metalurgia básica (5,2%) e indústria extrativa (5,7%). Por
outro lado, alimentos (–3,3%), refino de petróleo e produção
de álcool (–5,8%) e têxtil (–6,9%) foram os ramos
que assinalaram as duas únicas taxas negativas.
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