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A desagregação regional da produção
industrial de março possibilita identificar que houve de
fato uma retomada das atividades produtivas da indústria
nacional no primeiro trimestre de 2011. Um indicador muito relevante
nessa direção diz respeito à produção
no Estado mais industrializado do País, São Paulo,
que cresceu, de forma expressiva, pelo terceiro mês consecutivo:
0,8% em janeiro, 1,7% em fevereiro e 1,6% em março –
todas as taxas calculadas com relação ao mês
imediatamente anterior a partir da série com ajuste sazonal.
Do lado contrário, indicando uma fraqueza do setor industrial
brasileiro que deve ser acompanhada nos próximos meses,
Estados com participação importante na indústria
do país apresentaram resultados fracos no mês de
março, como é o caso de Minas (–0,1%), ou
mesmo muito negativos, como é o caso do Rio de Janeiro
(–3,8%).
Como vem sendo
observada uma oscilação pronunciada da produção
industrial nas diferentes localidades do País nos últimos
meses, a análise trimestral parece mais apropriada para
traçar tendências da produção industrial
regional. Na série que compara um trimestre com o trimestre
imediatamente anterior com ajuste sazonal, a constatação
é que em São Paulo e em Minas a produção
voltou a ganhar fôlego nos três primeiros meses do
corrente ano. No primeiro caso, a evolução da atividade
industrial foi de 0,8%, 0,2% e 2,2%, respectivamente, no terceiro
e quarto trimestres de 2010 e primeiro trimestre de 2011; em Minas,
as variações foram: –0,7%, 0,3% e 1,1%, na
mesma ordem.
No Rio de
Janeiro, o sinal não é positivo: a produção
no primeiro trimestre de 2011 com relação ao quarto
trimestre do ano passado caiu 1,1% – embora, vale observar,
a produção fluminense crescera a taxas bem maiores
no terceiro (1,6%) e quarto (1,4%) trimestres de 2010, superando
não somente as marcas de evolução de São
Paulo e Minas, como também a média nacional, que
foi de –0,4% e 0,0 nos dois últimos trimestres de
2010.
Nos estados
do Norte e Nordeste, a produção industrial vem apresentando
resultados muito ruins. No Nordeste a atividade industrial teve
as seguintes variações no terceiro e quarto trimestres
de 2010 e primeiro trimestre deste ano (sempre na comparação
do trimestre com o trimestre imediatamente anterior com ajuste
sazonal): –2,1%, –3,4% e –1,4%. No Pará,
a evolução foi 0,2%, 3,5% e –6,3%, comportamento
diferente da produção no Amazonas, a qual, após
cair 3,0% e 0,2%, respectivamente, no terceiro e quarto trimestre
de 2010, cresceu 3,7% no primeiro trimestre deste ano –
vale observar, um crescimento com relação a um nível
de produção baixo.
Esses resultados
mostram a dificuldade de se traçar tendências gerais
para a produção da indústria brasileira.
O comportamento de algumas indústrias com peso local importante
está determinando a própria evolução
da produção em alguns estados, como a indústria
extrativa no Pará (cuja produção caiu 2,4%
no primeiro trimestre deste ano com relação a igual
período de 2010), ou as indústrias de Calçados
e artigos de couro e Refino de petróleo e produção
de álcool no estado do Ceará (cujas produções
caíram 23,9% e 20,4%, respectivamente, nessa mesma comparação).
No Rio, a perda de dinamismo deveu-se à retração
na produção das indústrias farmacêutica,
de veículos automotores e de edição e impressão.
A expectativa para o ano é que prevaleça a recuperação
observada no primeiro trimestre deste ano em São Paulo
e em Minas, ou ainda, tendência positiva, mas sem grande
ímpeto.
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De acordo com os dados divulgados hoje pela Pesquisa Industrial Mensal
– Regional do IBGE, na passagem de fevereiro para março a
produção industrial cresceu em sete dos catorze locais pesquisados.
Os estados de Bahia (7,0%), região Nordeste (6,2%), Ceará
(2,0%), Rio Grande do Sul (1,9%), Espírito Santo (1,6%), São
Paulo (1,6%) e Paraná (1,1%) apresentaram aumento da produção
industrial na passagem de fevereiro para março. As maiores quedas
ficaram por conta dos estados do Amazonas (–8,9%) e Pará
(–4,6%). Acompanharam tal tendência os estados de Rio de Janeiro
(–3,8%), Pernambuco (–2,2%), Santa Catarina
(–1,2%), Goiás (–0,6%) e Minas Gerais (–0,1%).
Na base de comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, os estados de Espírito
Santo (10,5%), Minas Gerais (2,0%), São Paulo (1,2%) e Rio Grande
do Sul (1,9%) assinalaram crescimento. Os estados do Amazonas (–14,6%),
Ceará (–9,9%) e Paraná
(–8,9%), destacaram-se negativamente e bem abaixo da média
nacional (–2,1%).
A produção
industrial acumulada no período janeiro-março apresentou
crescimento em sete das quatorze localidades. As ampliações
mais significativas no desempenho regional foram registradas pelos estados
do Espírito Santo (11,3%) e Paraná (4,8%). Obteve também
crescimento nessa mesma base de comparação os estados de
Minas Gerais (4,5%), São Paulo (3,8%), Rio de Janeiro (2,7%), Rio
Grande do Sul (1,5%) e Santa Catarina (0,3%).
Já no acumulado
nos últimos 12 meses, o crescimento de 6,8% da produção
nacional deveu-se à variação positiva da produção
industrial em todas as localidades. Os destaques foram os estados do Espírito
Santo (15,1%), Paraná (12,1%) e Goiás (10,4%).
Espírito Santo. Em março, frente fevereiro, com
dados já descontados dos efeitos sazonais, a produção
industrial capixaba apresentou avanço de 1,6%. No confronto com
março de 2010, constatou-se avanço de 10,5%, taxa influenciada
pelo setor: Indústria extrativa (43,7%). Em sentido oposto, os
setores de Alimentos e bebidas (–13,3%) e Metalurgia básica
(–3,1) apresentaram queda. No acumulado dos três primeiros
meses de 2011, a produção industrial obteve alta de 11,3%.
Os setores Indústria extrativa (40,6%) e Minerais não metálicos
(12,0%) apresentaram altas expressivas em sua produção.
Por outro lado, Indústria de transformação
(–2,3%) e Metalurgia básica (–9,7%) apresentaram queda
em sua produção.
São
Paulo. A partir de dados livres de efeitos sazonais, observa-se
que a indústria paulista, na passagem de fevereiro para março,
registrou crescimento de 1,6%. Na comparação março
de 2011 contra igual mês de 2010, houve acréscimo de 1,2%,
taxa influenciada pelos setores: Refino de petróleo e prod. De
álcool (37,2%), Material eletrônico e equipamentos de comunicação
(27,5%) e indústria farmacêutica (17,6%). Por outro lado,
Máquinas para escritório e equipamentos de informática
(–32,8%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(–7,6%) e Máquinas e equipamentos (–3,0%) apresentaram
queda. Na comparação acumulada no ano, o estado registrou
alta de 3,8%, taxa impulsionada pelos setores de: Veículos automotores
(21,2%), Alimentos (5,1%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(24,6%) e Madeira (11,7%). O único setor que apresentou queda foi
Máquinas para escritório e equipamentos de informática
(–24,5%).
Amazonas.
Em março, a indústria amazonense apresentou a maior
queda dentre os estados pesquisados, (–8,9%), com dados livres de
efeitos sazonais. Na comparação mensal (mês/ mesmo
mês do ano anterior), o estado registrou queda de 14,6%, taxa impulsionada
pelo setor de Alimentos e bebidas (–46,3%), Equipamentos de comunicações
(–12,7%) e Edição e impressão (–15,1%).
A produção industrial no período entre janeiro e
março de 2011 foi de
–2,5%, devido sobretudo ao desempenho da indústria de Alimentos
e bebidas (–30,7%) e Material eletrônico e equipamentos de
comunicações (–9,2%). Por outro lado, os dois únicos
setores a apresentarem taxas positivas foram: Outros equipamentos de transporte
(33,8%) e Equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros
(68,7%).
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