8 de abril de 2011

Emprego Industrial
Melhores perspectivas a curto prazo


   

 
Assim como ocorreu com a produção industrial (crescimento de 1,9% frente a janeiro), o mercado de trabalho ligado à indústria nacional também apresentou resultados melhores no mês de fevereiro. Dois pontos merecem ser destacados nos dados de emprego divulgados hoje pelo IBGE. Primeiro, o número de ocupados na indústria voltou a crescer em fevereiro (0,5% com relação a janeiro, com ajuste sazonal), após ficar praticamente estagnado no período de agosto de 2010 a janeiro do corrente ano. Segundo, o aumento de 1,1% do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em fevereiro frente a janeiro, além de ser expressivo, é indicativo de que novas contratações poderão ocorrer nas atividades industriais nos próximos meses.

Portanto, seja na produção ou no emprego, a indústria brasileira mostrou, em fevereiro, uma reação que parece ter consistência – pois envolveu a maioria das regiões do País e muitos de seus segmentos produtivos – e que abre a perspectiva de uma trajetória de crescimento a taxas mais positivas nos meses que se seguirão. Isso não quer dizer que a produção e o emprego evoluirão em ritmo forte, reproduzindo as taxas de variação de fevereiro. Não é provável que isso aconteça, já que as condições que “travaram” a produção e o emprego nos últimos meses (a produção desde abril do ano passado e o emprego, como dito acima, desde agosto) continuam postas. Como esta Análise já comentou, a reação da indústria pode ser considerada mais passiva do que ativa, pois sua recuperação em fevereiro deu-se possivelmente pela acomodação do ímpeto das importações.

No que se refere às diferentes localidades do País, na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2010, treze das quatorze regiões contempladas pela pesquisa do IBGE registraram avanço na ocupação. As maiores contribuições para a média geral foram: São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,6%), região Norte e Centro-Oeste (4,8%), região Nordeste (3,1%), Rio Grande do Sul (3,6%) e Santa Catarina (3,1%). Já nos dois primeiros meses de 2011 quando confrontados ao mesmo período de 2010, todas as localidades apresentaram maior patamar de emprego industrial. Os maiores avanços foram verificados em São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,3%), região Norte e Centro-Oeste (4,5%), região Nordeste (2,6%), Rio Grande do Sul (3,6%) e Santa Catarina (3,1%).

Setorialmente, apenas cinco dos dezoito setores pesquisados diminuíram o contingente de trabalhadores na indústria contra igual mês do ano passado. Os destaques positivos de maior significância foram: meios de transporte (8,7%), máquinas e equipamentos (6,7%), produtos de metal (7,5%), alimentos e bebidas (2,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%). Por outro lado, papel e gráfica (–7,8%), vestuário (–2,0%) e madeira (–5,6%) exerceram as principais influências negativas. Contribuindo para o crescimento de 3,8% no acumulado do ano, doze dos dezoito setores apresentaram aumento do contingente de ocupados industriais. As maiores altas foram observadas em meios de transporte (8,4%), produtos de metal (8,3%), máquinas e equipamentos (7,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,0%), borracha e plástico (5,3%), metalurgia básica (8,2%) e alimentos e bebidas (1,4%), enquanto papel e gráfica (–8,0%) e vestuário (–2,4%) responderam pelas principais pressões negativas.
  

 
Na passagem de janeiro para fevereiro na série livre de efeitos sazonais, o pessoal ocupado assalariado na indústria apresentou crescimento de 0,5%. Na relação mês/ mesmo mês de 2010, o emprego industrial assinalou avanço de 2,9%, o décimo primeiro avanço consecutivo. No primeiro bimestre do ano houve uma variação acumulada de 2,9%, contra taxa de –0,1% no mesmo período de 2010. A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 3,8%, variação semelhante ao mês imediatamente anterior (3,7%).

Na comparação mensal (mês/mesmo mês do ano anterior), das 14 regiões contempladas pela pesquisa, 13 registraram avanço na ocupação. As maiores contribuições a média geral foram: São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,6%), região Norte e Centro-Oeste (4,8%), região Nordeste (3,1%), Rio Grande do Sul (3,6%) e Santa Catarina (3,1%). Nos dois primeiros meses de 2011 quando confrontados ao mesmo período de 2010, todas as localidades apresentaram maior patamar de emprego industrial. Os maiores avanços foram verificados em São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,3%), região Norte e Centro-Oeste (4,5%), região Nordeste (2,6%), Rio Grande do Sul (3,6%) e Santa Catarina (3,1%).

Setorialmente, apenas cinco dos dezoito setores pesquisados diminuíram o contingente de trabalhadores na indústria contra igual mês do ano passado. Os destaques positivos de maior significância foram: meios de transporte (8,7%), máquinas e equipamentos (6,7%), produtos de metal (7,5%), alimentos e bebidas (2,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%). Por outro lado, papel e gráfica (–7,8%), vestuário (–2,0%) e madeira (–5,6%) exerceram as principais influências negativas. Contribuindo para o crescimento de 3,8% no acumulado do ano, doze dos dezoito setores apresentaram aumento do contingente de ocupados industriais. As maiores altas foram observadas em meios de transporte (8,4%), produtos de metal (8,3%), máquinas e equipamentos (7,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,0%), borracha e plástico (5,3%), metalurgia básica (8,2%) e alimentos e bebidas (1,4%), enquanto papel e gráfica (–8,0%) e vestuário (–2,4%) responderam pelas principais pressões negativas.

 

 
Folha de Pagamento Real. A folha de pagamento real da indústria brasileira apresentou, na relação janeiro/fevereiro já livre dos efeitos sazonais, uma variação positiva de 1,1%, segunda taxa positiva consecutiva. Frente fevereiro de 2010, verificou-se um aumento de 6,8%, impulsionado pelo crescimento das contratações nos segmentos de máquinas e equipamentos (14,3%), meios de transporte (6,9%), indústrias extrativas (9,7%), alimentos e bebidas (5,3%), produtos de metal (10,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,3%). Nas variações acumuladas, no ano e nos últimos 12 meses, a folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria assinalou variações de 7,0% e 7,7%, respectivamente.

Número de Horas Pagas. Houve um aumento no total de horas pagas na indústria na passagem de janeiro para fevereiro na ordem de 1,1%, com dados já dessazonalizados. Frente ao igual mês de 2010 verificou-se acréscimo de 3,2%, com treze dos quatorze locais e doze dos dezoito ramos pesquisados assinalando crescimento. Dentre os locais pesquisados, os maiores impactos positivos vieram de São Paulo (2,4%), Minas Gerais (5,1%), região Norte e Centro-Oeste (5,7%), região Nordeste (2,5%) e Rio Grande do Sul (3,8%). Setorialmente, meios de transporte (8,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%), máquinas e equipamentos (6,5%), produtos de metal (7,1%), alimentos e bebidas (2,0%) e minerais não metálicos (7,0%) exerceram as principais contribuições. Já as variações acumuladas no ano e nos últimos 12 meses foram de 3,0% e 4,4%, respectivamente.

 

 

 

 

 

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